Tinha tempo pra nada
Não cobiçava o mundo
Nas pequenas mãos
Nem no coração
Apenas o continuar
Sempre
Desenfreada
E remava sem parar
Remava aflitamente
Desbravando mares e marés
Rios tortuosos e profundos
Desafiava-se na sua solidão
Embora toda à vida lhe rodeasse.
Orava,
Às vezes rezava o indizível
Embora não soubesse do infinito
Mortal que era
Mais um passo
Mais uma remada
Não lhe bastavam apenas.
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